A sarna é uma doença provocada por ácaros nocivos, que danificam de diferentes formas a pele dos cães.
Existem três tipos de sarna, cada um provocado por um determinado tipo de ácaros, cada um deles com as suas características e diferentes formas de atacar os animais.
É muito importante que não se aplique medicação por iniciativa própria, uma vez que cada tipo de sarna tem o seu modo de atuação e o seu respetivo tratamento. Deve ser sempre o veterinário a fazer o diagnóstico e então recomendar o tratamento mais adequado.
Conheça melhor cada tipo de sarna:
1. Sarna sarcóptica ou escabiose
Este tipo de sarna é causada pelo ácaro da espécie Sarcoptes scabiei. Estes ácaros provocam grande comichão nos cães, que ao tentarem aliviar-se coçam-se, lambem-se e até se mordem.
Altamente contagiosa, transmite-se por contacto direto para com outros cães, mas também para gatos (onde se denomina sarna notoédrica), ratos ou seres humanos.
É possível identificar um animal infetado através da pele avermelhada, queda de pelo, crostas, escoriações e borbulhas.
O tratamento desta sarna é geralmente tópico (medicação aplicada localmente) e inclui banhos com produtos especiais. Em certos casos pode ser necessária medicação oral ou mesmo injetável.
Tanto o cão como os seus pertences (cama, mantas, brinquedos, etc) devem ser isolados de outros animais até ao tratamento estar completo. Os pertences devem ser agressivamente higienizados, para que os ácaros não voltem a infecionar o animal.
2. Sarna otodécica
Este tipo de sarna é também conhecida como sarna de ouvido, pois é essa a região do corpo do animal que afeta. O agente responsável é o ácaro Otodectes cynotis.
Os cães ficam com grande comichão nas orelhas, e podem provocar feridas devido à intensidade com que se coçam. Pode também surgir uma acumulação exagerada de cera dentro do ouvido do cão, que por sua vez pode evoluir para um quadro de otite.
O tratamento geralmente consiste em medicação aplicada nos ouvidos em forma de gotas e em banhos especiais.
A sarna otodécica é transmissível entre cães e gatos, pelo que os animais infetados devem ser mantidos em isolamento.
3. Sarna demodécica
A sarna demodécica, conhecida popularmente como sarna negra, é causada pelo ácaro Demodex canis.
Este tipo de sarna é bastante diferente das anteriores. Ao contrário dos outros ácaros, este ácaro já vive habitualmente na pele dos cães e é inofensivo em cães saudáveis. Porém, existem cães com predisposição genética a ser afetados por estes ácaros, através de problemas imunológicos.
Quando o sistema imunológico do animal não funciona corretamente, estes ácaros começam a reproduzir-se descontroladamente e tornam-se então nocivos.
Ou seja, esta sarna não é uma doença contagiosa, porque o ácaro já se encontra em todos os cães, e só são afetados os que tiverem os tais problemas de imunidade.
A sarna negra não provoca comichão, como os outros tipos de sarna, mas sim ferimentos que se podem tornar graves, com secreções e odor intenso. A situação fica mais complicada se uma infeção secundária se aproveitar da situação do animal. Por exemplo, a bactéria Staphylococcus aureus é oportunista e quando encontra feridas abertas, coloniza-as e eventualmente infecta-as.
Como esta sarna parte de predisposição genética, é aconselhado a que o animal infetado nunca se reproduza, evitando assim a propagação da doença geneticamente para os seus filhotes.
Este tipo de sarna não tem cura, embora existam tratamentos para a manter controlável, que incluem medicação tópica e banhos.
Atenção: Este artigo é meramente informativo e não substitui a consulta no médico veterinário.
Fonte: mundo dos animais.pt
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