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sexta-feira, 26 de maio de 2017

A história de Laika a primeira cadela a ser enviado ao espaço.A crueldade em prol do progresso da humanidade.



Laika (em russo Лайка, 1954 - 1957), uma raça de cães da Sibéria e norte da Rússia, literalmente: "que ladra")

Yuri Gagarin é creditado como o primeiro ser humano a entrar em órbita no ano de 1961. Contudo, não foi o primeiro terráqueo. Antes dele, em 1957, enviaram a cadela SRD Laika ao espaço. Em plena Guerra Fria, o lançamento bem-sucedido da Laika representou uma das maiores vitórias para a União Soviética.
Antes de a viagem espacial de Laika, tanto os EUA quanto a URSS tinham enviado outros animais em voos científicos, mas apenas por alguns minutos em sub órbita. Nenhum tinha viajado pela órbita, propriamente dita, sob gravidade zero.A cadelinha Laika vivia solta nas ruas de Moscou, pesava aproximadamente seis quilos e tinha três anos de idade quando foi capturada para o programa espacial soviético. Originalmente a chamaram Kudryavka (risadinha), depois Zhuchka (bichinho), e logo Limonchik (limãozinho), para finalmente chamá-la Laika. Os cães capturados eram mantidos num centro de investigação, e três deles foram treinados para a missão: Laika, Albina e Mushka. Albina foi lançada duas vezes em um foguete para provar sua resistência nas grandes alturas, e Mushka foi utilizada para o teste da instrumentação e dos equipamentos de suporte vital.Para esta missão, os soviéticos queriam usar um cão para testar a segurança das viagens espaciais para os seres humanos e escolheu Laika por causa de seu caráter calmo e tamanho reduzido.Laika foi selecionada para participar da missão orbital, e Albina como a principal substituta.
Durante o treinamento, a adaptação dos animais ao confinado exigiu que permanecessem em compartimentos cada vez menores por até vinte dias. O confinamento forçado provocou distúrbios nas funções excretoras dos animais e deteriorando sua condição física geral. Laika passou por poucos testes antes de ser despachada numa caixa metálica e esses testes consistiam basicamente colocá-la em compartimentos cada vez menores e em simuladores de voo. Boazinha e muito calma, respondeu bem aos testes e em 3 de novembro de 1957, Laika foi enviada ao espaço.




Sua expedição foi uma viagem sem retorno e os cientistas soviéticos sabiam disso desde o início. Na  época já havia um movimento de proteção aos animais em pleno desenvolvimento. Portanto, houve uma onda de protestos em todo o mundo contra a decisão dos soviéticos. 
O jornal Inglês Daily Mirror publicou um artigo em protesto ao lançamento da cadelinha ao espaço na edição de  18 de novembro de 1957 com a seguinte manchete: "THE DOG WILL DIE, WE CAN'T SAVE IT"
 o cão vai morrer,nós não podemos salvá-lo


A versão oficial afirma que Laika teve uma morte “assistida”: o foguete Sputinik seria programado para acompanhar e transmitir à base soviética seus sinais vitais bem como para fornecer alimento para ela até que o oxigênio findasse. Quando isso acontecesse, ela receberia alimento com medicação utilizada em eutanásia de cães e morreria sem dor.
Durante muitos anos esta foi a versão amplamente divulgada e aceita em relação ao fim da Laika. Contudo, em 2002, no Congresso Mundial do Espaço realizado em Houston, Texas (EUA), o cientista espacial soviético reformado (aposentado do exército) que atuou no projeto Sputnik 2 Dimitri Malashenkov, revelou que o cão morreu poucas horas depois do lançamento devido a estresse e superaquecimento causado por um defeito no sistema de controle de temperatura, que foi projetado e instalado às pressas no foguete.
Embora Laika tenha morrido tragicamente, sua missão abriu o caminho para grandes avanços nos estudos espaciais. Depois dela, outros 36 cães foram enviados à órbita a fim de completar as pesquisas e fornecer a inteligência necessária para a missão de Yuri Gagarin.

Anos depois de seu voo histórico, Gagarin ponderou sua ligação com Laika e os outros cães que levaram o caminho para o espaço, dizendo:
“Eu ainda não consigo entender quem eu sou. O primeiro homem, ou o último cachorro?”



Calor e pânico

O historiador do espaço Sven Grahn disse à BBC que as novas informações são surpreendentes, e põem um fim a mais de 40 anos de especulações sobre o destino de Laika.
A missão da cadela a bordo do Sputnik 2 impressionou o mundo.
O Sputnik 1, o primeiro satélite do mundo, havia sido lançado há apenas um mês. Tratava-se de uma esfera de metal, pesando cerca de 18 quilos, e era muito mais pesado do que qualquer satélite que os Estados Unidos planejavam lançar.
O Sputnik 2 pesava 113 quilos e levava um ser vivo:  a cadelinha Laika..
Pouco depois do lançamento, os soviéticos declararam que Laika não voltaria à Terra, e morreria no espaço - o que descontentou muitos observadores.
Malashenkov revelou agora novos detalhes sobre a viagem de Laika, que recebia comidas em forma gelatinosa e foi acorrentada para que não se mexesse durante o lançamento.
Havia um sistema de sucção de gás carbônico a bordo, com o objetivo de evitar o acúmulo do gás - assim como um gerador de oxigênio.
Um ventilador foi automaticamente acionado para deixar a cadela mais confortável.
De acordo com Malashenkov, os soviéticos tiveram bastante trabalho para adaptar um grupo de cães à apertada cabine do foguete.
Eles foram colocados em ambientes fechados e apertados por períodos de 15 a 20 dias. Três cães foram treinados para o trabalho, mas Laika mostrou-se a melhor preparada.
Sensores médicos inseridos no corpo de Laika mostraram que os seus batimentos cardíacos chegaram ao triplo do normal.

Morte

Malashenkov revelou ainda como Laika morreu. A temperatura e a umidade da cápsula do Sputnik aumentaram muito após o lançamento do foguete.
De cinco a sete horas depois do lançamento, os soviéticos não receberam mais nenhum sinal de vida de Laika.
Anteriormente, acreditava-se que Laika havia sobrevivido por pelo menos quatro dias no espaço - ou até uma semana, quando o foguete parou de enviar sinais à Terra.
Mesmo tendo sobrevivido por poucas horas, a contribuição de Laika foi enorme para a ciência espacial, provando que um organismo vivo poderia tolerar bastante tempo no espaço, a uma gravidade zero.
Isso permitiu que seres humanos fossem mais tarde enviados em missões espaciais.
Após cinco meses de orbitando a Terra, Sputnik 2 retornou em 04 de abril de 1958. Ao entrar novamente na atmosfera, entrou em combustão e desintegrou-se, bem como o os restos mortais da cosmonauta canina.



 Em 11 de abril de 2008 foi inaugurado um monumento em honra à cadela Laika no centro de Moscou. O monumento foi colocado em uma alameda perto do Instituto de Medicina Militar, onde ocorreram há mais de meio século os experimentos científicos com a participação da célebre cadela. A figura de bronze, de dois metros de altura, representa um dos segmentos de um foguete espacial, que se transforma em uma mão humana, sobre a qual está o corpo de Laika.




Também em Moscou há um Museu dedicado aos estudos e às expedições espaciais russas chamado Museu do Cosmonauta. Nele encontram-se dois cosmonautas caninos, Belka e Strelka que sobreviveram à expedição e quando morreram por causas naturais foram empalhados em memória deles e dos demais cães espaciais.

 Fontes:
 http://paleonerd.com.br/2016/05/02/laika-cosmonauta-canina/
 http://dogdicas.com.br/1532/a-historia-de-laika-progresso-ou-crueldade
 http://galaxia.news/10-fatos-tragicos-sobre-laika-o-primeiro-cao-no-espaco/
 http://caomeumelhoramigo.blogspot.com.br/2010/05/laika-primeira-terraquea-ir-para-o.html
 http://www.fotolog.com/rod_diretor/37156017/
v'ideo youtube
 time.com

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