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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Os cães bombas usados pelos soviéticos durante a segunda guerra.




Demonstração de Cães armados com bombas pelo corpo na Segunda Guerra Mundial contra os tanques nazistas.

Foto: Reprodução/Daily Mail


Foto: Reprodução/Daily Mail


Foto: Reprodução/Daily Mail



O especialista em forças militares, Yuri Veremeyev disse que “o exército vermelho já tinha experiência em usar cães para um grande número de tarefas, desde segurança para acompanhar os feridos no campo de batalha, até a entrega de mensagens e a movimentação de armas e comida na linha de frente”, e completou “então, a próxima sugestão era tentar enviar cães como agentes com explosivos aos tanques inimigos”.
Esses cães eram ensinados a levar explosivos para baixo de tanques , veículos blindados e outros alvos militares. Eles foram intensamente treinados e usados em 1941-1942 contra os tanques alemães na Segunda Guerra Mundial. Bombas eram projetadas para ficarem acopladas ao corpo dos animais que iam em direção ao veículo inimigo.

A ideia dos cães anti-tanques surgiu a partir dos estudos do cientista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que fundou a psicologia behavorista (“comportamental”). Suas experiências buscavam alterar o comportamento animal através de estímulos. Assim, os cães bomba também ficaram conhecidos como “cães de Pavlov”, pelo fato dos estudos desse cientista terem sido usados para a criação da estratégia militar. (Nenhuma fonte afirmou ter sido o cientista a criar propriamente os cães bomba. Entretanto, seus estudos foram utilizados para esse fim).
“Os primeiros experimentos foram feitos com minas colocadas dentro de pacotes que eram ajustados sobre as costas dos cães”, diz Veremeyev. “Dentro dos pacotes haviam duas sacolas, cada uma com seis quilos de TNT”.

Ele continua, “o objetivo era que os cães conseguissem chegar até uma posição segura perto dos tanques, colocassem todos os explosivos que seriam acionadas por controle remoto há uma distância confiável e corressem de volta”, entretanto, não era isso que acontecia frequentemente. Com a chegada das tropas inimigas para perto dos tanques e com o desespero do animal aumentando bruscamente, o exército soviético decidiu por outra estratégia.Decidiram trocar o mecanismo dos explosivos e, daquele momento em diante, não seria mais necessário que o cão voltasse vivo de sua missão.

A forma utilizada para que os cachorros fossem em direção ao tanque inimigo era alimentá-los através de um tanque, para associá-lo à hora de comer. Dias antes da batalha, ou ataque, os animais eram privados de comida e não eram alimentados. Durante o treinamento, pedaços de comida eram colocados embaixo dos tanques utilizados para simulação, os cães tinham que ir até o local, pegar a comida e deixar a bomba, quando soltos em campo, rumariam diretamente para o tanque inimigo. Embora, inicialmente, a estratégia de ataque corresponder a apenas o cão levar os explosivos para baixo dos alvos militares e se retirar para que o temporizador detonasse o artefato, a ideia falhou devido os caninos ficarem confusos na realização da tarefa,
As bombas acabaram sendo ajustadas para explodir junto com o cão, sendo acionada pelo impacto com o alvo. Os cães, em desespero, tentavam realizar a tarefa que eram treinados de maneira rápida, mas não tinham salvação e eram friamente mortos junto com a explosão.



 

Escola de treinamento de cães. 

Durante a Segunda Guerra, as escolas de treinamento de cães anti-tanques ganharam força e focaram na estratégia suicida. Cerca de 40.000 animais foram mobilizados para várias tarefas no Exército soviético. O primeiro grupo de 30 cães anti-tanques foi para a primeira batalha no final de 1941. Porém a estratégia não deu certo.

Uma vez em campo, se assustavam com os barulhos dos tiros, correndo de volta para as trincheiras e matando vários soldados soviéticos. Os cães, além de terem sido treinados com tanques parados e que não disparavam, foram acostumados com o diesel utilizado pelos veículos militares soviéticos. Dessa forma, na hora da batalha, ao invés de correrem em direção aos veículos alemães, rumavam para os soviéticos, mostrando que a técnica era carregada de falhas. Depois de 1942, essa tática militar foi caindo em desuso, com as escolas de treinamentos sendo voltadas para outras tarefas. Ainda assim, a criação de cães para ataques suicidas continuou até 1996.


Foto de dois cães anti-tanques soviéticos. 



Apesar do exército soviético ter afirmado que mais de 300 veículos blindados e tanques alemães foram destruídos, alguns historiadores russos questionam a alegação, acreditando que se tratasse apenas de propaganda de guerra.


Fontes:
Vídeo youtube
http://www.museudeimagens.com.br
com
Referência:
– KISTLER, John. “Animals in the Military: From Hannibal’s Elephants to the dolphins of the US Navy”. ABC-CLIO, LLC, 2011.
http://www.anda.jor.br

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