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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Fisioterapia também pode ser feita em cães.

O procedimento ajuda recuperar a qualidade de vida de animais com problemas ortopédicos, neurológicos e de reabilitação,evitando até a eutanásia.




A basset hound Belinha sofria com hérnia de disco: "Após cinco sessões de tratamento, foi possível controlar a dor e recuperar sua locomoção. Hoje ela faz apenas uma sessão por semana, além de exercícios diários em casa", explica a veterinária Carine Matias Diniz (foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)Por causa de uma hérnia de disco, a basset hound Belinha, de 13 anos e meio, chegou a perder os movimentos das patas traseiras e sofria com muitas dores. Um simples toque da dona, a técnica em nutrição Maria Elisabete de Almeida Lima, a fazia uivar de dor. "Era angustiante vê-la sem conseguir se mover e não poder nem pegá-la", diz. A doença, comum na raça, acometia a cachorrinha desde 2009 e foi a fisioterapia veterinária que a salvou. "A última crise se agravou em março e após cinco sessões de tratamento foi possível controlar a dor e recuperar sua locomoção. Hoje ela faz apenas uma sessão por semana, além de exercícios diários em casa", explica a veterinária Carine Matias Diniz, especialista em reabilitação e fisioterapia animal da PetReabili.

As técnicas fisioterápicas começaram a ser utilizadas em cavalos de corrida na década de 1970, e com a evolução dos métodos passaram a atender outras demandas, tornando-se extremamente úteis aos animais de estimação. Pets com problemas ortopédicos, neurológicos e de reabilitação passaram a contar com um novo reforço, recuperando sua qualidade de vida e, muitas vezes, evitando a eutanásia. Pacientes com distúrbios cognitivos, geriatras e obesos também foram beneficiados. E a terapia é usada até mesmo nos chamados cães-atletas, que necessitam de maior condicionamento físico, força e performance. "A resposta terapêutica nos animais é surpreendente. Em alguns casos, é possível devolver a mobilidade a pacientes que apresentam paraplegia ou tetraplegia somente com as técnicas utilizadas", diz a veterinária Camila Iani Godinho Rosa, especialista em fisioterapia e acupuntura veterinária da Recupera Pet. Que o diga o basset hound Bolota, que aos 4 anos de idade passou do peso e começou a ter problemas de artrose e displasia nas patas. "Além da dieta, ele faz vários exercícios na água. Em dois meses, perdeu 5 quilos e já consegue andar sem sentir dor", diz a gerente financeira Carolina Duarte Mazzoni Vieira.



Para controlar a obesidade, o basset hound Bolota faz dieta e fisioterapia: "Os tratamentos são realizados de forma a reduzir a dor, inflamação, edema, corrigir alteração musculares, articulares e ósseas", diz o veterinário Flávio Medeiros de Oliveira Filho (foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)Em pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos, a fisioterapia auxilia na recuperação e previne atrofias, contraturas e encurtamentos de músculos, ligamentos e tendões, além de melhorar a funcionalidade dos tecidos tratados. Os métodos também são empregados em patologias como doenças renais e hepáticas, distúrbios endócrinos, circulatórios, respiratórios e cardíacos. Os especialistas, contudo, alertam que, quanto mais precoce for o tratamento, melhores e mais rápidos serão os resultados. "Os tratamentos são realizados de acordo com o sinal clínico apresentado, de forma a reduzir a dor, inflamação, edema, corrigir alterações musculares, articulares e ósseas", explica o veterinário Flávio Medeiros de Oliveira Filho, da Reab Bichos, especializado em fisioterapia pelo Canine Reahbilitation Institute, da Universidade do Tennessee (EUA). Segundo ele, em animais internados em UTIs é possível prevenir o surgimento de doenças secundárias provenientes da imobilidade prolongada, reduzir o tempo de internação e evitar sequelas. A empresária Roberta Coelho Mendes dos Santos conta com os recursos fisioterápicos para preservar a mobilidade de sua cachorrinha. De porte grande, Cloe, de 7 anos, da raça bernese montanhês, sofre com displasia coxofemoral, o que a leva a mancar bastante. "A fisioterapia evitou que ela perdesse os movimentos das duas patas traseiras e utilizasse cadeira de rodas", diz.

O tratamento a ser realizado e sua duração são determinados após avaliação física no paciente e realização de exames clínicos. Nessa etapa são analisadas a marcha e condição corpórea do animal e feitos testes ortopédicos e neurológicos que mensuram a circunferência da musculatura, angulação da articulação, avaliação da dor e percepção de esforço. "Os exames são realizados no animal como um todo, de forma que todas as articulações e os grupamentos musculares sejam avaliados", diz a veterinária Carine. E ressalta que, quando monitorada por profissionais capacitados, a fisioterapia é uma atividade prazerosa para o animal, que não gera dor ou desconforto, podendo até se tornar uma atividade recreativa controlada.
 
Fonte:
por Daniela Costa  20/06/2017 

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